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TEMA: Deus está presente em todas as realidades

 

PERSONAGENS: Javé e Jonas

 

TEXTO: Jn 2,1-11

 

PALAVRAS-CHAVE: orou, angústia, clamei, ouviste, xeol, templo e salvação.

 

PERSPECTIVA:Reconhecer que Deus está presente em cada pessoa, na natureza, em todos os outros seres criados, e que a verdadeira religião não é um conjunto de leis e dogmas, mas aquela que se preocupa com a prática da justiça e da solidariedade.

“Eu desci até as raízes das montanhas, à terra cujos ferrolhos estavam atrás de mim para sempre. Mas tu fizestes subir da fossa a minha vida, Javé, meu Deus” (Jn 2,7)

 

ATENÇÃO Ao preparar o encontro, o grupo ou a comunidade, conforme a sua realidade e sua criatividade, pode mudar os cantos, as perguntas e a forma de celebrar a vida.

 

  1. Preparar o ambiente

- Colocar no centro uma Bíblia, vela e flores

- Escrever numa cartolina o tema do encontro. Preparar papéis e canetas par ao grupo compor o próprio salmo.

 

  1. Acolhida

Dirigente: Na alegria de filhas e filho de Deus, reunimo-nos para rezar com a Palavra de Deus. Hoje tentaremos nos aproximar da atitude de Jonas, que experimentou a graça da salvação em situação de angústia. Que a presença do Espírito de Deus esteja em cada pessoa aqui presente.

Todas/os: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Dirigente: Como vivenciamos o gesto concreto da semana? Alguém tem alguma experiência para partilhar?

Conforme proposto no encontro anterior, se tiver alguma pessoa migrante, convidá-la para partilhar um pouco de sua experiência. Encerrar este momento com um refrão apropriado. Sugestão: Somos gente nova vivendo a união, somos povo-semente de uma nova nação, ê, ê... Somos gente nova, vivendo o amor, somos comunidade, povo do Senhor.

Dirigente: Abrindo nossos corações para acolhermos as luzes de Deus para a nossa vida, vamos ler o tema do nosso encontro e, em seguida, contemplar o desenho proposto para a reflexão deste dia.

Todas/os: Deus está presente em todas as realidades.

  1. Motivando a conversa

Leitora ou leitor 1: Onde encontrar Deus? Essa pergunte vem de longe. As primeiras comunidades cristãs se questionavam sobre o lugar onde se havia de adorar a Deus: na montanha onde anteriormente havia um templo dos samaritanos ou em Jerusalém? A resposta é clara: “Vem a hora – e é agora – em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura” (Jo 4,23).

Leitora ou leitor 2: Certa vez, numa aula de religião, os alunos de idade entre 5 e 7 anos foram convidados a rezar. Ao final da oração, uma criança perguntou:

- Professora, se Deus é tão grande e importante, por que não posso vê-lo? Onde ele está?

Antes que a professora pudesse pensar numa resposta que fizesse sentido para uma criança, outro coleguinha se antecipou:

- É que Deus é muito grande. Ele não cabe na nossa cabeça. Ele é como o ar, a gente não vê, mas ele está em toda a parte.

Dirigente: No tempo de Jonas, muitas pessoas acreditavam que o único lugar de encontro com Deus era o templo. E para nós? Onde está Deus?

  1. Situando o texto

Leitora ou leitor 3: No pós-exílio, o templo de Jerusalém se tornou o centro da vida religiosa e política do povo judeu. Esse sistema ficou conhecido como teocracia, em outras palavras, é o governo a partir do templo, que é considerado a única morada do Deus único, e centro da liderança do sumo sacerdote. Quando lemos o livro de Jonas, vemos que, na parta da narrativa em prosa, o autor mostra que Deus age em todos os lugares, e ouve todas as pessoas; mas, na oração de Jonas, a narrativa poética, mostra que Deus ouve a prece a partir do templo. Jonas representa as pessoas que acreditavam que o templo era o único lugar da presença de Deus. Por isso, mesmo distante, ele continua com os olhos voltados para o “santo Templo” e tem a certeza de que a sua prece chega até o “santo Templo”; pois é de lá que vem a salvação. Com Jonas, rezemos o salmo, mas ampliemos o nosso horizonte, na certeza de que Deus ouve todas as pessoas que o invocam com sinceridade.

  1. Leitura do texto

Dirigente: Que a Palavra de Deus encontre espaços em nosso coração. Cantemos:

Senhor, que atua palavra transforme a nossa vida,

Queremos caminhar com retidão na tua luz.

Leitora ou leitor 4: Ler Jn 2,1-2.

Dirigente: Para conversar

a) Qual a realidade que transparece no texto?

b) Qual a experiência vivida por Jonas?

c) Qual a imagem de Deus que aparece na oração de Jonas?

  1. Iluminando a vida

Leitora ou leitor 5: Como Jonas, muitas vezes temos a tendência de enquadrar Deus nos nossos esquemas de religião e esquecemos que ele tem infinitas formas de se manifestar. Que o Espírito nos dê a graça de percebemos a sua presença em todos os acontecimentos de nossa vida pessoal e comunitária. Vamos conversar sobre possíveis atitudes concretas em nossa oração.

a) Como podemos nos abrir para a vida comunitária e a vivência da oração?

b) Como vivemos a nossa experiência de oração?

Após a partilha, encerrar com o refrão e um canto. Sugestão: Quero cantar ao Senhor, sempre, enquanto eu viver. Hei de provar seu amor, seu valor e seu poder!

  1. Celebrando a vida

Dirigente: Em pequenos grupos, três ou quatro pessoas, fazer o próprio salmo e ação de graças. Em seguida, cada grupo poderá ler o seu salmo e concluir com o refrão de um canto.

  1. Preparar o próximo encontro

Dirigente: Para a próxima reunião, ler Jn 3,1-10, e quem puder leia também as orientações em preparação ao quarto encontro. Se tiver alguma dificuldade em ler, pedir ajuda a uma pessoa amiga ou vizinha.

 

Jonas foi engolido por um peixe? Não se trata de uma narrativa histórica, mas de um conto didático. É uma narrativa que possui um sentido simbólico. A descida para dentro de si mesmo não foi suficiente para Jonas mudar o seu ponto de vista. Na antiguidade, contos desse gênero são encontrados na Grécia, na Síria, no Egito e na Índia. O mais conhecido é o de Hércules, o herói grego que ficou três dias no ventre de um monstro marinho e saiu ileso. Ele apenas perdeu a sua cabeleira por causa do intenso calor. Na mitologia grega, os delfins são consagrados a Netuno e apaixonados pela música. De acordo com uma antiga lenda, Árion, jovem de Corinto, adquiriu riquezas na Itália. Ao regressar para a sua terra, os marinheiros tentaram apoderar-se de suas riquezas e ordenaram que ele saltasse no mar. Árion suplicou que o deixassem cantar uma última vez. Seu canto agradou os delfins, que vieram em volta do barco para ouvi-lo. Ao saltar no mar, um delfim o socorreu e o levou até Corinto.

 

 

Para aprofundar o tema deste encontro, leia as páginas 70-84 do livro Levanta-te e vai à grande cidade. Entendendo o livro de Jonas. Editado pela Paulus em 2010. O material deste encontro e também o livro indicado foram preparados pela equipe do Centro Biblico Verbo.

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